A Onicomicose Tricofítica é uma infecção que ocorre na parte córnea da unha por espécie de Trichophyton e em geral, é a secundária lesões de pele. A invasão da unha ocorre normalmente a partir da extremidade e progride pela tábua interna, só mais tarde atacando e destruindo também a externa. Os fenômenos inflamatórios são poucos apreciáveis e a evolução é lenta. Pode ser atacada apenas uma unha, duas , algumas e mesmo todas das mãos e pés.
A doença é comum no Brasil, seu principal agente é Trichophutpn rubrum. T. mentagrophytes var. interdigitale infecta as unhas e quando o faz, a infecção é secundária às lesões da pele, próximas a elas, e o ataque inicial faz se pelas bordas laterais da tábua externa.
Sintomas:
-Variação da cor da unha, que se torna esbranquiçada e/ou adquire tons amarelados ou escuros;
-Onicólise – descolamento da borda livre que começa pelos cantos da unha e deixa um espaço oco sob a lâmina, onde se acumulam fungos, bactérias e restos de queratina;
-Espessamento – as unhas ficam mais duras, mais grossas e opacas;
-Leuconia – manchas brancas se instalam na superfície da unha (lâmina ungueal);
-Destruição da lâmina e deformidades que se instalam porque as unhas se tornam mais frágeis e quebradiças;
-Dor de intensidade variável e odor desagradável.
Transmissão:
O contágio pode ser direto, de pessoa para pessoa, ou através de objetos, calçados. Essas espécies Trichophutpn rubrum. T. mentagrophytes var. interdigitale que em condições naturais, são parasitos estritos ao homem e que por esta razão, desempenham papel de reservatório e fonte de sua disseminação.
Diagnóstico:
O exame micológico direto e o de cultura são úteis para pesquisar a presença e as características do agente infectante em fragmentos obtidos pela raspagem das unhas doentes.
Tratamento:
Para o tratamento tem se a indicação formal a griseofulvina que deverá ser usada nas menores doses terapêuticas, por períodos de 2 a 6 meses. Sabe-se que a griseofulvina é antes fungistática que fungicida e, portanto, há de se aguardar a substituição da unha infectada pela sadia, fato que se processa lentamente. A medicação local pode ser associada, porém em muitos casos é indispensável. Devem ser tomadas medidas para se evitar traumatismos por pressões sobre as unhas que possam prejudicar a vascularização dos tecidos moles relacionados com elas.
-MORAES,Ruy Gomes, IGNÁCIO, da Costa Leite, ENIO Garcia Gourlat. Parasitologia & Micologia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2008.pg 465-468.