A Tinea capitis trata-se de uma infecção fúngica cutânea do couro cabeludo, sobrancelhas e/ou pestanas. É causada pelos fungos dos gêneros Trichophyton e Microsporum, onde a principal espécie causadora é a M. canis. É a infecção fúngica mais comum na idade pediátrica, curando-se espontaneamente na puberdade sem deixar vestígios. O parasitismo pode ocorrer dentro ou fora do cabelo.
Sintomas:
- Erupções cutâneas escamosas e secas que podem coçar;
- Flocos que se parecem com caspas;
- Placas com alopecia, ou em área onde os pelos foram quebrados ou aparados.
Tratamento:
Em crianças, é realizado com griseofulvina por via oral durante seis a oito semanas. Também é recomendado uso de shampoo de sulfureto de selênio a 2,5% ou shampoo de cetoconazol duas vezes por semana. Deve ser evitada a partilha de objetos pessoais como pentes, escovas, chapéus.
Em adultos, a terbinafina, o itraconazol e o fluconazol por via oral também são eficazes.
Diagnóstico:
A coleta da amostra de pele deve ser feita nas bordas das zonas de alopecia por raspagem. Os cabelos devem ser igualmente raspados do couro cabeludo e não arrancados. Primeiramente, é realizado o exame direto, onde são observadas hifas ramificadas e compridas de uma cor verde pálido característica. Frequentemente não vemos as hifas, mas sim o cabelo fragmentado e normalmente rodeado de múltiplos esporos. Outro
método de diagnóstico é a lâmpada de wood, onde os fungos do gênero Microsporum apresentam uma fluorescência
esverdeada.
Microsporum Canis |
Método lâmpada de wood |
-OLIVEIRA, Jeferson. Tópicos em micologia médica. 4ª. Rio de Janeiro. 2014.
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